Choradeira, choradeira, choradeira!
Por Cacau Wootton Villela
Como despedida machuca... E ainda estou perdida. Como assim acabou? Quando entrei no Oito, ninguém me avisou que uma hora temos que nos despedir. E essa angústia? Será futuro previamente desamparado? Acabou!
Fato; hoje a escola parecia um hospício. Um hospício cheio de saudade. Para começar, meninos estavam vestidos de meninas e... Vice e versa. E, para terminar, o fim de um novo começo. O sentimento do dia? Saudade! Muita saudade. Daquelas salgadas, de olho quente, abraço fofo, lágrima fria. Saudade com flash, um recado, uma assinatura na camiseta. Momentos guardados. O mais marcante? Esse aqui:
Terceiro e segundo, unidos. Terceiro e terceiro, por uma fração de segundo, um só. O que mais me emocionou foram as palavras, meio tristonhas, que saíram de uma amiga, familiarmente famosa por aqui. A Maysa. Que, veterana como eu, percebeu a magicalidade deste momento. Após a contagem regressiva do sinal, este foi o ÚNICO momento que dois terceiros estavam ali, lado a lado. Terceiro 2008. Terceiro 2009. Passamos nosso posto a vocês. E eu, ainda perdida, tentando apertar o play da câmera, confusa com o tumulto, com a gritaria, clamando por um último sinal, escuto, lá do fundo, o abafado grito: “Terceiro! Terceiro! Terceiro...!”. Mas, de onde veio esse grito? De nossa sala, óbvio. Não... Veio do segundo. Mas, esperemos um pouco, nós somos o terceiro! Somos, Má? Esse grito deveria ser para nós. Mas é. E foi. Não... Foi para eles. Sim, foi para nós!