terça-feira, 29 de julho de 2008

Sessão puxa-saquismo: ALESSANDRO

Será o período de férias sinônimo de abandono do blog?

Por Cacau Wootton Villela

Mas se férias são férias, nada mais justo do que aproveitar o período de descanso descansando, afinal. E, se o dicionário diz que descansar é, além de verbo transitivo direto, “livrar-se de atividade cansativa ou de estado de fadiga”, quem somos nós para duvidar? E atividade cansativa, neste contexto, encaixa-se estudar, olhar para as mesmas caras durante um semestre, estudar, carregar peso na mochila, estudar, ler mil coisas, estudar, decorar outras tantas inúteis, estudar, ouvir o sinal, estudar, estresse, estudar, cansar, estudar. E férias, também nesse contexto, encaixam-se descansar, viajar com os pais ou amigos, descansar, ir ao cinema, descansar, sair para jantar, descansar, acordar tarde, descansar, simplesmente não acordar, descansar, fazer passeios turísticos pelo seu bairro, descansar, colocar a leitura em dia, descansar, assistir seriados, descansar. E então, senhores, em qual desses contextos encaixa-se o termo atividade de férias?


Já que, finalmente, férias é, para este blog, sinônimo de abandono, é como se esses trinta dias não tivessem acontecido por aqui. Claro que gostaria muito de ouvir as mil e uma atividades ou experiências que todos passaram nesses trinta dias afastados da escola, mas acredito que amanhã seja este dia (e claro, também, que nada te impede de desabafar por aqui, caso suas férias tenham sido um grande ócio embolorado, trancafiado, refugiado em seus lares). Matar as saudades do povo, encarar mais um semestre e tchau!


Mas vamos logo ao ponto-chave deste post, a segunda edição da já manjada Sessão Puxa-Saquismo; e o alvo de hoje é, nada mais nada menos, do que um soldado em forma de gente: Professor Alessandro.


É o professor que dá aula para nós há mais tempo, já que, na sexta série, teve que substituir as aulas de Matemática. Sua matéria não é a mais desejada (pelo menos para mim). Química. É o único capaz de enxergar uma tabela periódica ultramoderna na lousa. Antigamente, enganava vários alunos falando que ia dar um ponto se o aluno fizesse tal coisa e surpreendia a criança ao lançar um ponto de caneta na mão dela; um pontinho azul, bem ali no meio da palma da mão...


Conta piada, histórias de sua infância (que, por sinal são as mais atípicas possíveis, envolvendo incêndios no banheiro, batalhas imaginárias com soldadinhos de brinquedo ou vômitos engolidos), leva música para as aulas com toda a matéria que precisamos saber (como a clássica “ácidos e bases possuem / hey / propriedade diferentes / hey / ácido tem sabor azedo e base é adstringente) e ama qualquer tipo de jogo de guerra! Orgulha-se de dizer que fez parte da última turma do exército que usou uniforme verde oliva – é, ele simplesmente idolatra o exército! Ao que tudo indica, pelo menos para nós, meros espectadores de seu show, fez parte de uma grande experiência em sua vida. E são as histórias vividas lá que mais fazem parte de seu baú de histórias. Impossível não rir de cada manada que ele aprontou por lá... E, fora de monotonia, são histórias que já fazem parte de meu cotidiano, por serem crônicas que sempre estiveram nas aulas de Química. E não é pouca coisa não! Aprontou poucas e boas por ali. Teve que limpar privada ao som de um tal de ‘tem que vibrar’, se esconder pelos matos da vida, suar a camisa, acordar cedo e dar boas risadas! Também botou fogo em um laboratório do Objetivo e derrubou uma velhinha da escada (pronto, falei!). Vira e mexe jogava truco com os garotos do ônibus, no caminho de volta para casa. E quantas vezes não passei por ele no ônibus e vi a figura caída no décimo terceiro sono, com uma revista de HQ na mão, cabeça tombada, óculos desajeitados.


Sempre fez parte do Professor Alessandro contar histórias. Não são apenas os incansáveis 6,0 x 10²³ que o traduzem. Esse cara é o verdadeiro Forrest Gump dentro de uma sala de aula. E é engraçado! Isso que faz toda a diferença, afinal, para ser um bom professor, não precisa ser carrasco, rígido, chato. Basta ser simples como o Alessandro Navajas, um professor mol legal, primo de artista global.







um flagra em 2006, no ônibus do colégio.

Dia das Crianças, 2007.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Sétima Aula

Oi galera!
Estou passando aqui em nome da sala e do Professor Carlos (História), o único que deu bola para gente e, com toda polêmica das torturas e verdades do filme Batismo de Sangue, que fala sobre a ditadura militar brasileira, foi atrás e achou alguns links interessantes sobre o assunto. Então, com a gana de compartilhar o conhecimento conosco, ele colocou todos os links nos comentários da postagem daqui de baixo.
Porém, não satisfeito, decidiu criar um blog, o Sétima Aula, que aborda todos esses temas que não cabem nas seis aulas diárias. Vale à pena conferir! Pelo que andei especulando, o blog é um interessante espaço para conversas, recheadíssimo do conteúdo que complementam as aulas.
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Ah, e boas férias para todos nós! Oficialmente desde sexta, as férias escolares chegaram, de fato, em boa hora, né? Ideal para morgar, encontrar com os amigos, ler bastante, assistir filme (nem que seja aquela sessão da tarde com o inédito A Lagoa Azul), prestar vestibá de inverno, comer pipoca e tomar Toddynho pelando, não se preocupar com o relógio e o cacarejar irritante do despertador matutino, DESCANSAR! E claro, sem esquecer de mencionar os exercícios de férias, a atividade mais meiga do inverno!

Bejos,
Cacau